Dinâmica da Santissima Trindade

Falar sobre a Trindade é fácil, difícil é compreender e fazer compreender sobre a questão da unidade das Três Pessoas em um único Deus.
Por isso, para ajudar na compreensão dessa verdade da fé, muitos catequistas procuram uma forma de explicar a Trindade.
Foi buscando uma solução para o meu encontro de Catequese sobre a Trindade que tive a inspiração de usar a água para essa finalidade. Agora repasso a vocês a dinâmica que apliquei e que deu resultados.
Preparação:
Vamos precisar de algumas vendas para os olhos; e água pura, nos seus três estados: líquida, sólida e gasosa. Isto é, vamos precisar de uma jarra com água pura, uma vasilha com gelo e uma chaleira com água fervente (de preferência sobre um fogareiro elétrico ligado, para que o vapor saia pelo bico da chaleira todo o tempo).
Tudo isso só será colocado diante da turma depois que alguns catequizandos forem vendados.
No Encontro:
Após iniciar o encontro com o sinal da cruz e a oração do Creio, perguntar aos catequizandos qual o entendimento que têm sobre a Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo que são um só Deus, deixando que falem livremente.
Em seguida, vendar alguns catequizandos que queiram e pedir que coloquem as mãos para trás. Pegar a jarra e aproximá-la deles, sem encostar. Dizer-lhes que diante deles há algo que terão que reconhecer sem tocar, primeiro pelo cheiro. Eles certamente não conseguirão identificar nenhum cheiro. Em seguida oferecer um
copo com a água e perguntar qual é o sabor. Aí certamente alguns dirão que é água, mas você deve insistir em saber qual o sabor, mostrando que só sabem que é água porque fizeram a experiência sensorial e não pelo seu sabor. Depois, retirar a venda dos olhos e perguntar qual é a cor da água, mostrando que como ela não tem cor, só conseguimos vê-la porque está dentro da jarra. Colocar a água em recipientes de formas diferentes, mostrando a eles que ela se adapta ao recipiente, mas nunca toma a sua forma, só é possível pegar a água recolhendo ela em algum recipiente ou na concha das mãos. Somente sabemos que aquele líquido é água fazendo a experiência sensorial de senti-la quando bebemos ou quando colocamos a mão nela ou a contemos em uma vasilha.
A partir dessa dinâmica, explicar que Deus Pai é assim, ele só pode ser sentido e experimentado, jamais podemos vê-lo, ouvi-lo ou pegá-lo para nós. Somente sabemos de sua existência pela experiência de fé.
Ai então, pegar a vasilha com gelo e perguntar o que é. Todos vão dizer que é gelo, mas insistir sobre a essência do gelo, do que o gelo é feito. Diante da resposta água, mostrar que nesse estado podemos pegar a água, pois ela ganhou corpo. Continua a ser água, mas agora se apresenta de outro jeito, ganhou uma forma que lhe dá corpo. Ela não se adapta mais a todo recipiente, mas somente àquele onde foi congelada, e agora podemos ver e pegar.
Fazer a comparação com Jesus, Deus que assume a vida humana, que pode ser visto e quem tem corpo humano. A humanidade é o recipiente que deu forma a Deus Filho.
Por último, vendá-los novamente e colocar a água na chaleira e esta sobre o fogareiro elétrico. Aguardar que a água abra fervura. Colocá-los diante dela, o suficiente para que possam esticar as mãos acima dela e sentir o vapor quente (tendo o cuidado de não deixar que se aproximem demais e possam se queimar). Pedir que digam o que estão sentindo, e o que está provocando essa sensação.
Retirar a venda dos olhos e mostrar que é a mesma água, porém que, levada ao fogo ela se aqueceu e se tornou vapor, que eles podem sentir e que os aquece. Fazer a comparação com o Espírito Santo, que é como o vapor quente que nos aquece o coração.
Para concluir o encontro, ler as seguintes passagens do Evangelho de João 14,9-17 e 17, 5. 18-21.
Maria Aparecida de Cicco

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