Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria


Como já afirmamos no artigo anterior, crer em Jesus é o centro de nossa fé e, por isso, ele possui um desdobramento muito grande dentro da formulação do Credo. Dessa forma, a partir da afirmação “Creio em Jesus Cristo”, nós agora professamos a razão pela qual nós cremos nele e, sobretudo, afirmamos que o homem que nasceu, padeceu, morreu e Ressuscitou, é Jesus, Filho de Deus.
        Neste artigo, vamos nos debruçar um pouco sobre os dois pontos seguintes do Credo: “concebido pelo poder do Espírito Santo e “nasceu da Virgem Maria”. É o mistério da Encarnação, o cumprimento da promessa: o “Verbo tornou-se carne e armou a sua tenda entre nós”(Jo 1, 14a). Nosso Senhor nasceu, isto é, Nossa Senhora, a Virgem Maria, foi na realidade sua Mãe. O seu corpo nasceu do dela, assim como qualquer ser humano nasce de sua mãe.
        Quando dizemos “Virgem Maria”, dizemos como que uma só palavra, contudo estamos dizendo três coisas separadas: que Maria era ainda virgem quando Nosso Senhor foi concebido. Ela não havia conhecido homem algum (cfLc 1,34) para chegar à maternidade. O Espírito a cobriu com sua sombra (cfLc 1, 35). Nosso Senhor não teve pai humano, é Filho de Deus; a segunda é que continuou quando Jesus nasceu. O nascimento de Jesus não lhe custou dor alguma e não deixou qualquer vestígio; a terceira, como já esperávamos, permaneceu virgem durante toda a vida.
        Partindo do princípio de que Jesus era quem era, seria de supor que Ele viesse ao mundo de algum modo sobrenatural. Deus queria dar-nos um presente, o presente mais valioso que jamais alguém deu, fosse a quem fosse. E é natural que esperássemos que este presente viesse envolvido num mistério sobrenatural, anjos cantando no céu, fenômenos com as estrelas do firmamento, a ponto de perturbar três astrônomos da Caldéia. Tudo isto é absolutamente claro, e certamente não há ninguém que não consiga compreender esta parte do Credo, a não ser que negue a possibilidade de haver milagres.

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