No contexto atual da mudança de época, de uma cultura em rápidas e profundas transformações, a Comissão de Animação Bíblico-Catequética da CNBB, com participação também dos 18 Regionais em todo o Brasil realiza, de 6 a 9 de novembro de 2014, em São Caetano do Sul, SP, um Seminário de experiência no Processo Catequético. É mais um espaço de Formação Permanente para os catequistas presentes no evento.
Não é um Seminário preocupado com palestras e muito estudo. A intenção é de colher experiências vivenciadas de Iniciação à Vida Cristã que acontecem em situações diferenciadas na Igreja do Brasil. Com isto, buscamos identificar caminhos bonitos e muito fecundos que estão acontecendo, com muita propriedade e dinamismo, em muitos lugares.
A Formação Permanente é a mola motivadora de uma mistagogia catequética, de encantamento dos agentes catequéticos na diversidade regional e eclesial no país. A prática não é tão fácil e ficamos muito centrados nas ideias. A nossa intenção é conseguir uma prática concreta, chegando ao coração dos catequizandos.
Os resultados do esforço catequético dependem de envolvimento da comunidade e famílias como catequizadoras dos catequizandos. O Seminário está revelando tudo isto e provocando em todos os participantes a consciência de que os passos têm que ser envolventes. Supõe coragem, vocação, muita garra e uma mística verdadeira e constante e comprometida.
Só vamos conseguir atingir objetivos reais e concretos na nova caminhada catequética, em estilo mais envolvente, se houver um entendimento maior e comprometido dos nossos padres, principalmente dos senhores párocos. Os passos celebrativos e de entrega dos diversos símbolos pedagógicos dependem muito do presidente da celebração eucarística.
Nas exigências de superação de estruturas caducas e obsoletas, não podemos mais ficar numa catequese com objetivos muito intelectuais. Já saímos do tempo da cristandade, porque muitos passos foram dados, mas nem todos conseguiram perceber a riqueza dessas mudanças. O mundo mudou e a realidade social e forma de entendimento também. A catequese não pode ficar no passado, não conseguindo despertar uma fé comprometida para os dias de hoje.
Dom Paulo Mendes Peixoto
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